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Conflitos étnicos

  • Foto do escritor: Pululu Garcia
    Pululu Garcia
  • 2 de abr. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 23 de abr. de 2018


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Samuel P. Huntington afirma que o conflito entre civilizações será a última fase na evolução do conflito no mundo moderno. Durante um século e meio, após a emergência do moderno sistema internacional com a paz de Westfália, os conflitos do mundo moderno ocorreram maioritariamente entre príncipes - imperadores, monarcas absolutos e monarcas constitucionais, que tentavam expandir as suas burocracias, os seus exércitos, o seu poder económico mercantilista e, principalmente, o território que governavam. Neste processo criaram os Estados-nação, mas com a revolução francesa as principais linhas de conflito começaram a verificar-se mais entre nações do que entre príncipes.

A política africana está dividida em vários conflitos étnicos. A maioria dos conflitos que atravessam o continente tem como base principal as clivagens étnicas. O caso, mas citado para ilustrar o pendor étnico dos conflitos africanos é a crise na região dos Grandes Lagos onde a rivalidade entre Hutus e Tutsis tem provocado massacres selectivos com base na pertença étnica, como iremos abordar ao longo desta linha de pensamento.

Hoje existem cerca de 30 regiões no mundo onde ocorrem conflitos armados. Os principais motivos dos conflitos podem ser:

  • Étnicos – etnia – grupo de identidade unido por factores biológicos (raça) e culturais (nacionalidade, língua religião. Exemplo: Sunitas é a maioria e Xiitas são a minoria muçulmana que constituem 10% do mundo islâmico

  • Políticos, económicos ideológicos. Exemplo: EUA-Capitalista, URSS - Socialista.

  • Territoriais. Exemplo: conflitos entre os israelitas e palestinos que despontam um pedaço de terra a séculos.

  • Recursos naturais. Exemplo: Guerra no Iraque e da Líbia, provocada pelas grandes potências que saquearam o petróleo nesses países, outro conflito é da RDC por causa do Coltan.

No Médio Oriente em África, os conflitos étnicos, religiosos entre Xiitas e sunitas, hutus e tutsi, Séléka contra Balakas tem fragilizado cada vez, mas esses povos da mesma nação, isto tem dado um impacto impresumível para o resto do mundo, com vários pré-textos mal formatados. Em 1994 o mundo assistiu a um massacre que levou à morte de aproximadamente 800.000 pessoas em apenas três meses. Esse massacre ficou conhecido como o Genocídio de Ruanda. Três meses nos parece pouco tempo se nos deparamos com o exacerbado número de mortos, mas também nos parece longo demais se reflectimos sobre o porquê da sociedade internacional ter demorado tanto para intervir.


Estratégias e acção na resolução de conflitos


As estratégias de paz são tão antigas como as estratégias de guerra, pelo menos se nos fiarmos nas concepções tradicionais da diplomacia, da negociação e da mediação por terceiros. Estas estratégias serão doravante mais complexas, porque mais exigentes. Trata – se, agora, de conceber e de apoiar estratégias de “diplomacia preventiva” , de mediação “ multipartidárias”, e de negociação pública entre representantes da sociedade. Afirma (Chalers Philppe, 2000:292).

A resolução de conflitos é definida, como vimos, como um multifacetado processo, que requer análises sistémicas, multidisciplinares e profundas, mas principalmente análises individualizadas e muito detalhadas, centradas nas causas base do conflito, com vista a se alcançar o cerne do problema e a proporcionar uma cooperação específica e focalizada nos principais diferendos entre os contendores. De igual forma, a teoria dos Jogos é aplicável à Arbitragem, Mediação e Negociação com a adequação dos conceitos de cada instituto aos correspondentes da teoria dos Jogos. Embora se tenha defendido até aqui a aplicabilidade da teoria dos Jogos aos métodos de solução de conflitos há de se fazer algumas ressalvas. (Miller, 2005, 26) (Ramsbotham et. al., 2006, 12).


Ajuda externa e a armadilha do conflito

Toda ajuda vem com um pacote te interesse. “Até por volta de 1990, à intervenção militar internacional nos Estados falhados era apenas uma extensão da Guerra Fria. A União Soviética armou o Governo de Angola, através de Cuba, e os Estados Unidos armaram o grupo rebelde angolano UNITA, através da África do Sul. Sem duvida que estas intervenções não ajudaram Angola”. Afirma (Paul Collier, 2007:160).

A classificação de Angola como “Estado frágil” resultou num maior condicionalismo da ajuda e num declínio dos montantes da ajuda em termos globais. A actuais transformação das relações de ajuda e a mudança de política doadores em relação a Angola, com uma diminuição considerável dos montantes de ajuda ao desenvolvimento, é justificada tanto por razões de redirecionamento da ajuda para outro a países mais prioritários e pela maior competição internacional por fundos, como pelo cansaço face ao incumprimento das suas exigências por parte do governo angolano e à sua incapacidade de conseguir resultados num país detentor de imensas riquezas e recursos.


 
 
 

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